Após a extinção dos dinossauros, foi possível o desenvolvimento de nossa espécie. Este fato, mesmo que traumático para o planeta, não tornou inviável um futuro que se lhe apresentava, ainda, apenas sob a forma de “planos”.
Este pensamento ilustra uma verdade incontestável: a de que tudo, no planeta, tem o seu próprio tempo – e prazo de validade. Do mesmo modo que já não era mais possível aos recursos naturais do globo a manutenção de uma forma de vida extremamente dispendiosa, o mesmo está à beira de acontecer com o Petróleo enquanto principal combustível da sociedade global.
O estilo de vida contemporâneo traz no petróleo a sua pedra de torque. Estradas; combustível e pneu para automóveis; lubrificantes e outros de seus derivados são usados em larga escala sem uma preocupação óbvia desde que a sua descoberta foi anunciada: por ser um recurso fóssil, a sua produção é lenta e não-renovável em nossa escala de tempo de consumo. Em um século, já secamos diversos de seus reservatórios e, mesmo que alimentemos as nossas expectativas com a descoberta de novos poços, as conseqüências nefastas de seu uso já adquirem um peso maior do que os seus benefícios.
E é justamente neste momento que temos a chance de provocar a extinção desse grande dinossauro que é a exploração deste recurso. A utilização da eletricidade e do Hidrogênio não são apenas “possíveis”, mas factuais. Já é possível mover máquinas de toda ordem com a força gerada por motores elétricos – mais silenciosos e eficientes do que aqueles outros. As pesquisas em torno da antimatéria – uma espécie de partícula de obtenção ainda extremamente difícil e custosa, mas que, acumulada em 1 quilo, ofereceria energia para abastecer a cidade de São Paulo por 10 anos (e sem deixar qualquer resíduo em sua combustão) abrem horizontes ainda mais promissores.
Porém a filosofia parece ser sempre a mesma: enquanto uma “galinha dos ovos de ouro” estiver em condições de botar ovos, ela será mantida viva – custe o que custar. O petróleo ainda é fonte de lucro não apenas pelo seu próprio valor, mas porque a maquinaria utilizada em sua exploração não poderia ser descartada sem oferecer todo o retorno financeiro que lhe é possível.
A mudança, então, torna-se possível, embora longínqua, se olhamos em curto prazo. O grande problema é que, enquanto este tempo é dado, o planeta ameaça, mais uma vez, atentar contra a existência da espécie que o espolia. É preciso ter então ter Consciência Ambiental antes de usar os recursos naturais, para usá-los visando a Sustentabilidade.
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