Ecologia Urbana

A sacola de plástico descartável foi por anos a solução mais prática adotada pelo mercado, para que o usuário de lojas, padarias e supermercados pudesse levar a sua compra de forma cômoda para a casa. As sacolinhas também passaram a ser muito utilizadas como receptoras de lixo caseiro, tanto para detritos orgânicos quanto inorgânicos.

Por conta da facilidade de acesso e da dependência estabelecida com esse hábito, mudar esse tipo de atitude é algo bastante difícil para a maioria da população, o que deixa o debate sobre a proibição desse item em estabelecimentos comerciais ainda mais polêmico. Alguns estados e municípios já proibiram o uso, acreditando que a mudança é necessária e possível de ser feita.

Os ambientalistas defendem que a utilização de sacolas descartáveis deve ser proibida levando em consideração seu extenso tempo de decomposição no ambiente: cerca de 300 anos. Por mês, só no Brasil, são distribuídas um bilhão de sacolas, em supermercados, padarias e farmácias. Isso revela um número de 66 sacolas por mês, para cada brasileiro, o que gera cerca de 210 mil toneladas de plástico mensais, valor que corresponde a 10% de todo o lixo produzido no Brasil.

Além desses números alarmantes, quando as sacolas de plásticos são descartadas de forma errada nas vias públicas, elas acabam se tornando as principais responsáveis pelo entupimento das bocas de lobo, impedindo o escoamento das águas acumuladas da chuva e provocando inundações. Esse tipo de situação propicia o surgimento de doenças provenientes do acumulo de água imprópria como a leptospirose.

Por isso, optar pela substituição das sacolas de plástico por sacolas retornáveis é uma ótima alternativa sustentável. Além de mais confortáveis e práticas, elas não agridem o meio ambiente. Na hora de descartar o lixo, você pode utilizar sacos de fácil decomposição, de papel ou jornal.