Vou dissertar um pouco hoje sobre o assunto que deu nome ao meu blog, que é para mim uma filosofia que eu tento aplicar ao máximo em minha vida: a Ecologia Urbana.
Nós inventamos a tecnologia desde que nos entendemos como seres pensantes. Flechas, arcos, lanças de madeira com pedras polidas; cordas e o próprio fogo são invenções e manipulações tecnológicas que condizem com o avanço do espírito humano à época em que vieram a lume.
Também é verdade que estas mesmas tecnologias rudimentares foram mal-utilizadas em diversas ocasiões: provocando mortes ou o desnivelamento antinatural dos iguais em essência, sempre fica claro que tanto sua criação como uso mal intencionados são ambos nascidos da mesma fonte: a mente humana.
Por este justo motivo é que não procede a preocupação atual de certos grupos em colocar, na posição de vilões, os recursos tecnológicos e seus benefícios – como que repetindo a aversão manifestada contra as máquinas da Revolução Industrial inglesa e que, posteriormente, apenas foi constatado que não era as máquinas o problema, mas os que as detinham.
É inegável, portanto, que a tecnologia muito já fez por nós como raça, basta olhar para os padrões de qualidade de vida (como expectativa de vida e a medicina moderna) que podemos desfrutar hoje, ainda que existam grandes divergências em nosso mundo. É claro que não podemos negar que a busca pelo avanço tecnológico já trouxe e ainda traz sérios prejuízos ao meio ambiente. Nos resta aprender com nossos erros a criar uma consciência capaz de discernir até onde podemos abusar da sorte e aprender a tentar minizar nossos impactos, afinal de nada adianta melhorar os padrões de vida se em pouco tempo talvez não exista mais condições dela se manter no planeta.
É justamente neste ponto que o pensamento sustentável deve se fazer prevalecer sobre os recursos tecnológicos – e nós somos os maiores responsáveis pela inversão desta lógica (a partir do momento em que permitimos que os recursos tecnológicos norteiem nosso psiquismo). Vale também lembrar que vivemos em uma sociedade capitalista, e portanto precisamos também aprender a equilibrar a ganância com o bem-estar coletivo.
A nanotecnologia tem dado fartas provas de que a sustentabilidade, mais uma vez, depende da nossa capacidade de fazer surgir tecnologias que não agridam o meio onde vivemos. Da mesma forma, a indústria automobilística tem caminhado a passos largos rumo à produção em larga escala dos carros híbridos e elétricos – aproveitando uma energia que, relembrando Nikola Tesla (cujo sobrenome batiza um dos carros desta nova geração), está disponível no planeta de forma gratuita e inesgotável.
Não faz sentido colocar a culpa na tecnologia por todos os problemas ambientais e querer desatrelar-se da mesma, uma vez que esta é fruto de nossas mentes e trabalho, e sem ela é impossível dizer se ainda estaríamos aqui nos tempos atuais. Como tudo na vida o importante é encontar um equilíbrio adequado e aprender com nossos erros visando sempre evoluir e o melhor para a manutenção de nossa vida. E é essa essência da Ecologia Urbana. Ser sustentável não significa ser atrasado ou tecnologicamente careta.
Adorei o post e a ideia de sustentabilidade me é muito plausível, uma vez que para continuarmos sobrevivendo no mundo por mais algumas centenas de anos o ser humano precisa mudar e muito. Só fico pensando quando as pessoas realmente vão cair a ficha para o problema. Nosso mundo esta pedindo socorro, somente poucos estão enxergando essa dura realidade.