De alguns anos para cá temos visto uma infinidade de sinais que se manifestam ao redor do planeta e passam a clara mensagem de que algo vai muito errado com o mundo que nos abriga e nos sustenta. Catástrofes climáticas de toda ordem e acontecimentos totalmente dissociados do que rotineiramente acontecia em áreas do planeta tradicionalmente férteis, áridas ou geladas colocam em evidência que algo vai muito mal e que um problema de proporções inimagináveis pode estar por explodir diante de nossos olhos de forma rápida e com um alto poder de causar danos sérios a nossa existência ou mesmo a nossa sobrevivência.
O entendimento de que muitos desses fenômenos e ocorrências estão diretamente relacionados à forma como o ser humano vem consumindo desenfreadamente nossos recursos naturais e tentando saciar sua sede infindável por mais e mais recursos é a única coisa capaz de provocar uma diminuição desses efeitos nocivos ou, quem sabe, até estancar completamente os malefícios e os problemas que esses eventos catastróficos vem causando.
Cada vez mais o ser humano vem se dando conta de que o ritmo de consumo que imprimiu em sua busca por prazer e satisfação está muito além do que nosso planeta é capaz de prover e de suportar. Assim, com o amadurecimento dessas idéias e dos estudos realizados por grandes mentes científicas (somadas as claríssimas evidências de que nossa intervenção é a causa de nossos males), os grandes conglomerados empresariais se viram praticamente intimados por uma população e por uma massa consumidora cada vez mais preocupada com o futuro que estamos criando para nossos filhos e netos, em adequar seus processos produtivos a uma realidade mais harmoniosa e que permitisse ao planeta recuperar um pouco seu fôlego e se mantivesse apto a sustentar nossas vidas.
Dessa pressão nasceram os primeiros passos para a busca por empreendimentos sustentáveis que fossem capazes de produzir riquezas; satisfazer as necessidades de consumo de uma parcela da população, mas que tornassem possível ao planeta recuperar suas propriedades (em todo ou em parte) na área em que haviam sido exploradas. Da mesma forma, um entendimento de que os grupos sociais humanos que estivessem direta ou indiretamente ligados a esses empreendimentos sustentáveis deveriam também obter um ganho de qualidade de vida substancial ou, pelo menos, razoável para que suas vidas fossem afetadas o mínimo possível pelas alterações ambientais promovidas por determinados empreendimentos. Assim, para serem considerados empreendimentos sustentáveis em toda amplitude desse conceito, cada projeto deveria trazer o menor impacto possível no ambiente em que estivesse inserido e também nos grupos humanos a eles ligados. Uma visão inovadora e revolucionária, a época, que se espalhou e que finalmente vem tornando possível ao ser humano sonhar com um futuro promissor para as gerações que virão.
O sucesso econômico dos primeiros empreendimentos sustentáveis; veio apenas confirmar o que muitos já sabiam e desacreditar os opositores do “novo conceito ” que nascia, a sustentabilidade. Mas, mesmo já tendo avançado muito, ainda estamos engatinhando em matéria de profundidade e diversificação de empreendimentos sustentáveis. Para que realmente possamos garantir um futuro mais justo e uma existência profícua e garantir a continuidade de nossa espécie por muitas gerações mais; faz-se necessário entendermos de uma vez por todas que ou mudamos o modo de extrairmos e utilizarmos os recursos naturais que nosso planeta nos oferece ou estaremos condenados à destruição lenta e recheada de guerras e sofrimentos terríveis.
A visão de um mundo sustentável é muito mais do que um simples conceito filosófico distante. É uma realidade premente onde a questão é muito simples: Ou mudamos ou morremos.
Muito bom o post!
valeu.